Deficiências de Controle Interno e Escolhas Contábeis Conservadoras e Oportunistas
DOI:
https://doi.org/10.51341/1984-3925_2019v22n3a4Palavras-chave:
Deficiências de controle interno, Comitê de Auditoria, Conservadorismo Contábil, Escolhas Contábeis Oportunistas.Resumo
Objetivo: Analisar a influência das deficiências de controle interno em escolhas contábeis conservadoras e oportunistas.
Método: Descrição do objetivo, procedimentos documentais e abordagem do problema de forma quantitativa. A amostra correspondeu de 63 a 77 empresas com dados não balanceados para cada um dos anos de 2010 a 2015, as quais possuíam comitê de auditoria, bem como as demais informações necessárias para a análise. A análise principal foi realizada com base em regressão de dados em painel, por meio do software STATA.
Originalidade/relevância: Tem-se como relevante no atual estudo a mensuração e análise das deficiências de controle interno, visto que pouco se discute em pesquisas a nível nacional, devido principalmente a dificuldade de mensuração.
Resultados: Os resultados evidenciaram que o ambiente interno da empresa quando apresentava deficiências não impactou em escolhas contábeis conservadoras diferenciadas, mas influenciou significativamente no aumento do nível de gerenciamento para diminuir o resultado. Além disso, constatou-se que as variáveis de controle tamanho da empresa e rentabilidade do ativo influenciaram na diminuição do nível de gerenciamento para aumentar o resultado, o que evidencia a escolha da empresa de diminuir custos políticos.
Contribuições teóricas/metodológicas: Como contribuição do estudo percebe-se que em um ambiente fraco de controle interno, mesmo a empresa tendo comitê de auditoria, pode haver um aumento do nível de gerenciamento de resultados, o que prejudica a qualidade da informação contábil.
Downloads
Referências
Almeida, J.E.F. (2010). Qualidade da informação contábil em ambientes competitivos. 2010. Tese de Doutorado em Controladoria e Contabilidade. Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
Ashbaugh-Skaife, H., Collins, D. W., Kinney Jr, W. R., & LaFond, R. (2008). The effect of SOX internal control deficiencies and their remediation on accrual quality. The Accounting Review, 83(1), 217-250. https://doi.org/10.2308/accr.2008.83.1.217
Banker, R. D., Basu, S., Byzalov, D., & Chen, J. Y. (2016). The confounding effect of cost stickiness on conservatism estimates. Journal of Accounting and Economics, 61(1), 203-220. https://doi.org/10.1016/j.jacceco.2015.07.001
Basu, S. (1997). The conservatism principle and the asymmetric timeliness of earnings 1. Journal of accounting and economics, 24(1), 3-37. https://doi.org/10.1016/S0165-4101(97)00014-1
Bryan, S. H., & Lilien, S. B. (2005). Characteristics of firms with material weaknesses in internal control: An assessment of Section 404 of Sarbanes Oxley. Recuperado em 01 fevereiro de 2017: https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=682363. http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.682363
Chan, K. C., Farrell, B. R., & Lee, P. (2005). Earnings management and return-earnings association of firms reporting material internal control weaknesses under Section 404 of the Sarbanes-Oxley Act. Recuperado em 01 de fevereiro de 2017: https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=744806
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (2011) - Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro. Recuperado em: http://static.cpc.mediagroup.co m .br/Documentos/147_CPC00_R1.pdf
CPC 00. Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro. Acessado em 24 de julho de 2019, em http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/147_CPC00_R1.pdf
Dechow, P. M., Sloan, R. G., & Sweeney, A. P. (1995). Detecting earnings management. Accounting review, 193-225.
Doyle, J. T., Ge, W., & McVay, S. (2007). Accruals quality and internal control over financial reporting. The Accounting Review, 82(5), 1141-1170. https://doi.org/10.2308/accr.2007.82.5.1141
Fields, T. D., Lys, T. Z., & Vincent, L. (2001). Empirical research on accounting choice. Journal of accounting and economics, 31(1), 255-307. https://doi.org/10.1016/S0165-4101(01)00028-3
Financial Accounting Standards Board (FASB). Statement of Financial Accounting Concepts No. 2, Qualitative characteristics of accounting information. Norwalk, CT: FASB, 1980.
Francis, J. (2001). Discussion of empirical research on accounting choice. Journal of Accounting and Economics, 31(1), 309-319. https://doi.org/10.1016/S0165-4101(01)00017-9
Ge, W., & McVay, S. (2005). The disclosure of material weaknesses in internal control after the Sarbanes-Oxley Act. Accounting Horizons, 19(3), 137-158. https://doi.org/10.2308/acch.2005.19.3.137
Goh, B. W., & Li, D. (2011). Internal controls and conditional conservatism. The Accounting Review, 86(3), 975-1005. https://doi.org/10.2308/accr.00000041
Hogan, C. E., & Wilkins, M. S. (2008). Evidence on the audit risk model: Do auditors increase audit fees in the presence of internal control deficiencies?. Contemporary Accounting Research, 25(1), 219-242. https://doi.org/10.1506/car.25.1.9
Hu, J., Li, A. Y., & Zhang, F. F. (2014). Does accounting conservatism improve the corporate information environment?. Journal of international accounting, Auditing and Taxation, 23(1), 32-43. https://doi.org/10.1016/j.intaccaudtax.2014.02.003
Ji, X., Lu, W., & Qu, W. (2016). Internal control weakness and accounting conservatism in China. Managerial Auditing Journal, 31(6/7), 688-726. https://doi.org/10.1108/MAJ-08-2015-1234
Jiang, W., Rupley, K. H., & Wu, J. (2010). Internal control deficiencies and the issuance of going concern opinions. Research in Accounting Regulation, 22(1), 40-46. https://doi.org/10.1016/j.racreg.2009.11.002
Jiraporn, P., Miller, G. A., Yoon, S. S., & Kim, Y. S. (2008). Is earnings management opportunistic or beneficial? An agency theory perspective. International Review of Financial Analysis, 17(3), 622-634. https://doi.org/10.1016/j.irfa.2006.10.005
Jones, J. J. (1991). Earnings management during import relief investigations. Journal of accounting research, 193-228. DOI: 10.2307/2491047
Krishnan, J. (2005). Audit committee quality and internal control: An empirical analysis. The accounting review, 80(2), 649-675. https://doi.org/10.2308/accr.2005.80.2.649
Paulo, E. (2007). Manipulação das informações contábeis: Uma análise teórica e empírica sobre os modelos operacionais de detecção de gerenciamento de resultados. Tese de Doutorado em Contabilidade. Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
Silva, A., Da Cunha, P. R., & Teixeira, S. A. (2018). Recomendações aos comitês de auditoria em empresas brasileiras. Revista de Contabilidade e Organizações, 12, e138529-e138529.
Teixeira, S. A. (2015). Efeito Moderador das deficiências do controle interno na relação entre seus determinantes e consequentes. Tese de Doutorado em Ciências Contábeis e Administração. Universidade Regional de Blumenau. Blumenau. Santa Catarina, Brasil.
Warfield, T. D.; Wild, J. J. & Wild, K. L. (1995). Managerial ownership, accounting choices, and informativeness of earnings. Journal of accounting and economics, 20 (1), 61-91.
Watts, R. L., & Zimmerman, J. L. (1990). Positive accounting theory: a ten year perspective. Accounting review, 131-156.
Zeleny, M. (1982). Multiple criteria decision making. New York: McGraw-Hill.
Zhang, Y., Zhou, J., & Zhou, N. (2007). Audit committee quality, auditor independence, and internal control weaknesses. Journal of accounting and public policy, 26(3), 300-327. https://doi.org/10.1016/j.jaccpubpol.2007.03.001
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores detêm os direitos autorais relativos ao seu artigo e cedem à Revista Contabilidade, Gestão e Governança os direitos exclusivos de primeira publicação (englobando comunicação ao público e reprodução), com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição Não Comercial 4.0 Internacional (CC BY-NC).
Esta licença permite que terceiros remixem, adaptem e criem a partir do trabalho publicado, desde que para fins não comerciais, atribuindo o devido crédito de autoria e publicação inicial neste periódico.
Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional, em site pessoal, publicar uma tradução, ou capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico, desde que sem uso/distribuição comercial.