Influência da Folga Financeira no Desempenho de Mercado de Empresas Brasileiras e Italianas

Autores

  • Daniel Fernando Padilha FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - FURB
  • Alini da Silva FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - FURB
  • Tarcísio Pedro da Silva FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - FURB
  • Michele Gonçalves FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - FURB

DOI:

https://doi.org/10.51341/1984-3925_2017v20n2a6

Palavras-chave:

Folga financeira. Desempenho de mercado. Empresas brasileiras. Empresas italianas.

Resumo

O estudo teve por objetivo analisar a influência da folga financeira no desempenho de mercado de empresas brasileiras e italianas, utilizando-se metodologia descritiva quanto ao objetivo, documental em relação aos procedimentos, e quantitativa como abordagem do problema. A amostra compreendeu 47 empresas brasileiras e 29 empresas italianas, as quais apresentavam todas as informações necessárias para a consecução do estudo. O período de análise correspondeu aos anos de 2010 a 2013. Como técnicas estatísticas utilizou-se análise descritiva e dados em painel aplicados em 5 equações de regressões. Observou-se que a folga financeira possui maior impacto no desempenho de mercado das empresas italianas, do que nas empresas brasileiras. Constatou-se que a liquidez seca, tamanho e crescimento da empresa são fatores que inibem o desempenho de mercado das empresas. Por outro lado, a liquidez corrente e a alta folga financeira contribuíram para o aumento do desempenho de mercado das empresas. Em relação à baixa folga financeira, observou-se que no cenário de empresas brasileiras influenciou no aumento do market-to-book, porém no cenário de empresas italianas, teve impacto para sua diminuição. Deste modo, constatou-se que esta relação entre baixa folga financeira e market-to-book, depende do mercado em que as empresas estão inseridas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Daniel Fernando Padilha, FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - FURB

Mestre em Ciências Contábeis - FURB

Alini da Silva, FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - FURB

Doutoranda em Ciências Contábeis - FURB

Tarcísio Pedro da Silva, FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - FURB

Professor Doutor em Ciências Contábeis

Michele Gonçalves, FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - FURB

Mestre em Ciências Contábeis

Referências

Ahmad, W., Sehgal, S., & Bhanumurthy, N. R. (2013). Eurozone crisis and BRIICKS stock markets: Contagion or market interdependence?. Economic Modelling, 33, 209-225.

Asongu, S. A. (2012). Government quality determinants of stock market performance in African countries. Journal of African Business, 13(3), 183-199.

Assaf Neto, A. (2014). Valuation: métricas de valor & avaliação de empresas. São Paulo: Atlas.

Bastos, D. D. & Nakamura, W. T. (2009). Determinantes da estrutura de capital das companhias abertas no Brasil, México e Chile no período 2001-2006. Revista Contabilidade & Finanças-USP, 20(50), 75-94.

Beuren, I. M., Starosky Filho, L., & Krespi, N. T. (2013). Folga organizacional versus desempenho financeiro. Um estudo nas empresas da BM & FBovespa. Contaduría y Administración: Revista Internacional, 59(2), 145-177.

Bradley, S. W., Shepherd, D. A., & Wiklund, J. (2011). The importance of slack for new organizations facing ‘tough’environments. Journal of Management Studies, 48(5), 1071-1097.

Brito, E. P. Z., Brito, L. A. L., & Morganti, F. (2009). Inovação e o desempenho empresarial: lucro ou crescimento?. RAE eletrônica, 8(1).

Bromiley, P. (1991). Testing a causal model of corporate risk taking and performance. Academy of Management journal, 34(1), 37-59.

Campos, A. & Nakamura, W. T. (2013). Folga Financeira Avaliada como Endividamento Relativo e Estrutura de Capital. Revista de Finanças Aplicadas, 1, 1-19.

Campos, A. L. S. (2011). Folga Financeira e o Rebalanceamento da Estrutura de Capital. 117 f. Tese (Doutorado em Administração de Empresas) - Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo.

Daniel, F., Lohrke, F. T., Fornaciari, C. J., & Turner, R. A. (2004). Slack resources and firm performance: a meta-analysis. Journal of Business Research, 57(6), 565-574.

Dechow, P. M. (1994). Accounting earnings and cash flows as measures of firm performance: The role of accounting accruals. Journal of accounting and economics, 18(1), 3-42.

Dumontier, P. e Raffournier, B. (2002): “Accounting and Capital Markets: A Survey of the European Evidence”. The European Accounting Review, 11(1), 119-151.

Facó, J. F. B. (2009). Capacidade de inovação organizacional: uma análise aplicada à indústria de transformação paulista. 215 f. Tese (Doutorado em Administração) – Universidade de São Paulo, São Paulo.

Fischmann, A. A., & Zilber, M. A. (1999). Utilização de Indicadores de Desempenho para a Tomada de Decisões Estratégicas: Um Sistema de Controle. Revista de Administração da Mackenzie, 1(1), 9 – 25.

Gasparetto, V. (2004). O papel da Contabilidade no provimento de Informações para a Avaliação do Desempenho Empresarial. Revista Contemporânea de Contabilidade, 1(2), 109-122.

George, G. (2005). Slack resources and the performance of privately held firms. Academy of Management Journal, 48(4), 661-676.

Graham, J. R., & Harvey, C. R. (2001). The theory and practice of corporate finance: Evidence from the field. Journal of financial economics, 60(2), 187-243.

Greenley, G. E., & Oktemgil, M. (1998). A comparison of slack resources in high and low performing British companies. Journal of Management Studies, 35(3), 377-398.

Hendriksen, E. S., & Van Breda, M. F. (1999). Teoria da contabilidade; tradução de Antonio Zoratto Sanvicente. São Paulo: Atlas.

Hitt, M. A., Ireland, R. D., & Hoskisson, R. E. (2002). Administração estratégica. Pioneira Thomson Learning.

Jensen, M. C., & Meckling, W. H. (1979). Theory of the firm: Managerial behavior, agency costs, and ownership structure (pp. 163-231). Springer Netherlands.

Jos Neto & Martins, H. (2010). Finanças e governança corporativa. Elsevier Brasil.

Kim, H., Kim, H., & Lee, P. M. (2008). Ownership structure and the relationship between financial slack and R&D investments: Evidence from Korean firms. Organization Science, 19(3), 404-418.

Korajczyk, R. A., & Levy, A. (2003). Capital structure choice: macroeconomic conditions and financial constraints. Journal of Financial Economics, 68(1), 75-109.

Lima, A. F. (2008). Estudo da relação causal entre os níveis organizacionais de folga, o risco e o desempenho financeiro de empresas manufatureiras. 252 f. Tese (Doutorado em Administração de Empresas) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo.

Lima, A. F., Basso, L. F. C., & Kimura, H. (2009). Folga organizacional e atitudes perante o desempenho como determinantes do risco de empresas. In: Simpósio de Administração da Produção, Logística e Operações Internacionais, 12.

Macedo, M. A. S., & Corrar, L. J. (2010). Análise do Desempenho Contábil-Financeiro de Seguradoras no Brasil no Ano de 2007: um Estudo Apoiado em Análise Hierárquica (AHP). Contabilidade Vista & Revista, 21(3), 135-165.

Mackinlay, A.C. 1997. Event studies in economics and finance. Journal of Economic Literature, 35(1), 13-39.

Mishina, Y., Pollock, T.G., & Porac, J.F. (2004). Are more resources always better for growth? Resource stickiness in market and product expansion. Strategic Management Journal, 25(12), 1179–1197.

Nagem, L. M., & Amaral, H. F. (2013). Retornos anormais das ações pós-pagamento de dividendos: um estudo empírico no mercado brasileiro a partir de 2009. Revista Contabilidade e Controladoria, 5(2), 61-73.

Oliveira, M. C., De Luca, M. M. M., Ponte, V. M. R., & Pontes Junior, J. E. (2009). Disclosure of social information by Brazilian companies according to United Nations indicators of corporate social responsibility. Revista Contabilidade Finanças, 20(51), 116-132.

Palepu, K., & Healy, P. (2007). Business analysis and valuation: Using financial statements. Cengage Learning.

Ross, S. B. (1977). On the mode of action of central stimulatory agents. Acta pharmacologica et toxicologica, 41(4), 392-396.

Sharfman, M. P., Wolf, G., Chase, R. B., & Tansik, D. A. (1988). Antecedents of organizational slack. Academy of Management Review, 13(4), 601-614.

Silva, C. B. (2013). Isomorfismo Mimético: Folga Financeira nas Organizações dos EUA e BRICS. In: XVI SEMEAD, Seminários em Administração, 2013.

Singh, J.V. (1986). Performance, slack, and risk taking in organizational decision making. Academy of Management Journal, 29(3), 562–585.

Soliman, M. T. (2004). Using industry-adjusted DuPont analysis to predict future profitability. Available at SSRN 456700.

Teixeira, N. M. D., & Amaro, A. G. C. (2013). Avaliação do desempenho financeiro e da criação de valor–um estudo de caso. Revista Universo Contábil, 9(4), 157-178.

Titman, S. & Wessels, R. (1988). The determinants of capital structure choice. The Journal of finance, 43(1), 1-19.

Venkatraman, N., & Ramanujam, V. (1986). Measurement of business performance in strategy research: A comparison of approaches. Academy of management review, 11(4), 801-814.

Zhong, H. (2011). The Relationship between Slack Resources and Performance: an empirical study from China. International Journal of Modern Education and Computer Science (IJMECS), 3(1), 1.

Wernke, R., & Lembeck, M. (2004). Análise de rentabilidade dos segmentos de mercado de empresa distribuidora de mercadorias. Revista Contabilidade & Finanças, 15(35), 68-83.

Young, S. D., & O'BYRN, S. F. (2003). EVA e gestão baseada em valor. Bookman.

Downloads

Publicado

2017-08-22

Como Citar

Padilha, D. F., da Silva, A., da Silva, T. P., & Gonçalves, M. (2017). Influência da Folga Financeira no Desempenho de Mercado de Empresas Brasileiras e Italianas. Contabilidade Gestão E Governança, 20(2), 276–292. https://doi.org/10.51341/1984-3925_2017v20n2a6

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)