Conservadorismo Contábil no Reconhecimento de Ativos Intangíveis em Fase de Pesquisa e Desenvolvimento: Um Estudo em Empresas da BM&FBovespa
Abstract
Conservadorismo contábil pode implicar assimetrias no reconhecimento de ativos intangíveis em fase de pesquisa e desenvolvimento, desde o registro indevido até a sua não contabilização. Este estudo objetiva examinar o conservadorismo contábil no reconhecimento de ativos intangíveis em fase de pesquisa e desenvolvimento de empresas da BM&FBovespa. A pesquisa descritiva foi realizada por meio de análise documental, com abordagem quantitativa, utilizando, no cálculo do conservadorismo contábil o modelo de Ball e Shivakumar (2005) e a aplicação de regressão linear e correlação de Pearson para relações entre variáveis. A população da pesquisa compreendeu as 236 empresas listadas na BM&FBovespa, com saldo em ativos intangíveis nos anos de 2009 e 2010, e a amostra as 34 com ativos intangíveis em fase de pesquisa e desenvolvimento. Os resultados mostram que no período analisado ocorreu conservadorismo contábil nas empresas pesquisadas. Todavia, não se constatou relação positiva do conservadorismo contábil e dos ativos intangíveis em fase de pesquisa e desenvolvimento com tamanho, alavancagem, setor e nível de governança corporativa das empresas. Com a aplicação da correlação de Pearson, tal resultado foi confirmado, com exceção de 2009 nas empresas pertencentes ao setor de Construção e Transporte. Assim, conclui-se que houve conservadorismo contábil no reconhecimento de ativos intangíveis em fase de pesquisa e desenvolvimento nas empresas pesquisadas, mas não se constatou associação com as variáveis de controle.Downloads
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