O Efeito da Diversificação Corporativa sobre a Agressividade Tributária nas Empresas Brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.51341/1984-3925_2020v23n1a3Palavras-chave:
Agressividade fiscal, Diversificação corporativa, Segmento único.Resumo
Objetivo: esta pesquisa objetivou verificar se as empresas diversificadas em seus negócios são mais agressivas tributariamente quando confrontadas com as empresas de segmento único ou com menor número de segmentos.
Método: utilizou-se uma amostra de empresas listadas na [B]3 no período de 2010 a 2017. Para verificar a existência de uma relação entre diversificação e agressividade fiscal, foi utilizado o modelo de regressão linear múltipla com dados em painel de efeito fixo de empresa e ano e, adicionalmente, usou-se o modelo logit com resposta binária para a variável explicada. Foram aplicadas duas métricas para mensurar a agressividade tributária: o ETR (taxa efetiva de tributação) e o ETR LONG (taxa efetiva de tributação de longo prazo).
Originalidade/relevância: esse tipo de pesquisa é inédito no Brasil, por ser um ponto ainda não explorado pela literatura às peculiaridades de um país em desenvolvimento, e é relevante para que se defina o efeito da diversificação na agressividade tributária.
Resultados: observou-se que, quanto mais as empresas são diversificadas, menor será a probabilidade de se ter baixa agressividade tributária, e que empresas mais diversificadas têm maior probabilidade de serem mais agressivas, se comparadas às empresas com apenas um segmento. As análises indicam que, entre as empresas com segmentos, quanto mais segmentos elas possuam, mais agressivas serão.
Contribuições teóricas/metodológicas: o estudo contribui para a melhor compreensão do fenômeno da agressividade fiscal e de suas causas e determinantes, com implicações para os usuários da informação, em particular para os reguladores tributários, e para a gestão, que identifica possível vantagem fiscal da diversificação corporativa.
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