Determinantes das Republicações das Demonstrações Contábeis das Empresas Brasileiras de Capital Aberto
DOI:
https://doi.org/10.51341/1984-3925_2020v23n2a2Palavras-chave:
Qualidade da Informação Contábil, Tempestividade, Republicação das DFPsResumo
Objetivo: sob o contexto da qualidade da informação contábil para seus usuários, este estudo teve como objetivo apontar possíveis determinantes para a republicação das demonstrações financeiras padronizadas (DFPs) das empresas brasileiras de capital aberto.
Método: considerando-se o período de 2010 a 2016, foram utilizados testes de correlação, de diferença de média e de regressão logit com dados em painel.
Originalidade/Relevância: a oportunidade de pesquisa considerou a existência de resultados contraditórios nas pesquisas nacionais e internacionais, as quais apresentam análise temporal não recente, observação de poucos determinantes concomitantemente e uso de métodos de caráter descritivo para análise.
Resultados: os resultados apontaram que os principais determinantes da republicação das DFPs são: auditoria por Big Four, endividamento, rodízio de auditoria, setor, tamanho e tempo de auditoria. Verificou-se, ainda, que empresas mais antigas apresentam menores chances de republicação. Há indícios de relação negativa entre a republicação e a emissão de ADR, mas positiva com a listagem nos níveis diferenciados de governança corporativa.
Contribuições teóricas/metodológicas: no geral, foi observado que os possíveis controles que as empresas podem adotar para reduzir conflitos de interesse, assimetria de informação e custos de agência não são capazes de prevenir a republicação das DFPs. Os achados auxiliam na indicação de variáveis que podem ser incluídas em processo de valuation, para que o mercado possa incorporar, em suas estimativas, fatores que indicam empresas mais propensas a republicarem, portanto com incerteza na confiabilidade de seus resultados divulgados, e, ainda, auxiliar nas políticas de monitoramento por órgãos reguladores quanto à republicação das DFPs.
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