Evidenciação do Contexto Econômico na Relação entre Governança Corporativa e Volatilidade das Ações nas Companhias Abertas Brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.51341/1984-3925_2021v24n1a1Palabras clave:
Governança Corporativa. Volatilidade das Ações. Contexto Econômico. Produto Interno Bruto.Resumen
Objetivo : analisar que forma o contexto econômico afeta a relação entre a governança corporativa e a volatilidade das ações das ações das companhias abertas brasileiras listadas no B3 SA - Brasil, Bolsa, Balcão (B3), período de 2010 a 2018.
Método : partindo-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e documental, utilizando a volatilidade das ações em base anual como métrica para volatilidade (variável dependente); mecanismos internos (estrutura de propriedade e controle, número de membros do conselho administrativo e fiscal) e mecanismos externos (níveis de governança da B3, American Depositary Receipt e free float ) como proxies de governança corporativa (variável independente de interesse); e variáveis de controle (Produto Interno Bruto - PIB e outras).
Originalidade / Relevância : não há consenso em relação à forma que as práticas de governança corporativa afetam a volatilidade das ações, ao se considerar o contexto econômico em que o país se encontra, visto que diferentes proxies podem causar efeitos diversos perante o mercado (Li et al ., 2013; Litov et al ., 2006).
Resultados : verificou-se que, de modo geral, os dispositivos adaptam-se com relação à volatilidade das ações apenas quando apareceu em conjunto com a variação do PIB. Já os mecanismos externos não compensam em relação à volatilidade das ações.
Contribuições Teóricas/Metodológicas: amplia-se a discussão a respeito da interação das práticas de governança corporativa com a volatilidade dos preços das ações das companhias brasileiras, assim como os diferentes enfoques da tomada de decisão ao se analisar os mecanismos internos e externos de governança corporativa no contexto econômico brasileiro.
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