Indicadores Financeiros, Macroeconômicos e de Governança Corporativa na Previsão de Insolvência em Empresas da B3
DOI:
https://doi.org/10.51341/1984-3925_2019v22n3a6Palabras clave:
Previsão de insolvência, Indicadores financeiros, Indicadores macroeconômicos, Indicadores de Governança Corporativa.Resumen
Objetivo: Analisar o efeito de indicadores financeiros, macroeconômicos e descritivos (qualitativos) de governança corporativa na previsão de insolvência de empresas da Brasil, Bolsa, Balcão (B3), entre os anos de 2006 e 2016.
Método: Foi estimada a regressão logística com dados em painel não balanceado, após a escolha de melhores variáveis preditoras do modelo, utilizando o método backward stepwise. A amostra se baseia em 55 empresas não financeiras de capital aberto.
Originalidade/relevância: Ao inserir variáveis macroeconômicas e variáveis de governança corporativa, espera-se que a condição de insolvência de empresas tenha mais uma alternativa explicativa, a fim de diminuir os aspectos negativos que tal condição impõe sob as partes relacionadas.
Resultados: O número de classificações corretas do modelo foi de 89,5%, com um valor de Pseudo R2 = 0.4872. Os resultados revelam que os indicadores financeiros, assim como verificado em outros trabalhos, são bons preditores de insolvência de empresas. Em relação aos indicadores de governança corporativa utilizados na pesquisa, os resultados do p-value não rejeitam a relação teórica de que elementos de gestão podem estar relacionados a insolvência de empresas. No tocante a fatores macroeconômicos, apenas uma (dentre 5) variável mostrou um valor de significância estatística conforme o definido.
Contribuições teóricas/metodológicas: Os resultados podem justificar o fato de apenas a variável produto interno bruto (dentre as macroeconômicas) tenha apresentado relação estatística significativa com o modelo de previsão, uma vez que a gestão das organizações pode superar dificuldades causadas por variáveis da macroeconomia.
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