Suporte Social e Estresse no Trabalho: Uma Análise com Métodos Mistos

Autores/as

  • Vânia Lúcia Pereira de Andrade Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora
  • Amalia Raquel Pérez-Nebra UniCEUB - Centro Universitário de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.51341/1984-3925_2017v20n3a7

Palabras clave:

suporte social, suporte organizacional, estresse, coping, métodos mistos.

Resumen

Estresse ocupacional e estratégias de enfrentamento (coping) ganham espaço em investigações por seu caráter aplicado. O objetivo desta pesquisa foi investigar como o suporte social contribui para as pessoas lidarem com situações estressantes no ambiente de trabalho. Para atingir esse objetivo foi realizada uma pesquisa com métodos mistos e delineamento exploratório embutido. O Estudo 1, quantitativo, descreveu o grau de satisfação com o suporte social e suporte organizacional utilizando-se uma escala que resumiu fatores de percepção do suporte organizacional. O Estudo 2, qualitativo, buscou descrever estressores, fontes e tipos de suporte social percebido no ambiente de trabalho. Utilizou-se um roteiro de entrevista em grupo baseado nas dimensões deste construto. Participaram 51 trabalhadores voluntários. Utilizou-se o modelo de Lazarus e Folkman (1984). Os resultados remeteram a estressores associados à falta de suporte social no trabalho: incivilidade de colegas e gestores; quebra de contrato psicológico e conflito de valores. Investimentos em desenvolvimento de pessoas que estimulem a urbanidade nas organizações e um espaço de escuta para colaboradores são sugestões de ações que podem beneficiar dimensões afetivas no trabalho.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Vânia Lúcia Pereira de Andrade, Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora

Graduada em Psicologia pela FUNREI - Fundação de Ensino Superior de São João Del Rei, MG, atual UFSJ (1989). Mestre em Psicologia pelo UniCEUB, Centro Universitário de Brasília (2014); Especialista em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações pela UnB, Universidade de Brasília (2008) e em “Psicoterapia de Grupo Analítica” pela Sociedade Brasileira de Psicoterapia Dinâmica de Grupo e Psicodrama, SOBRAP  (Membro da International Association of Group Psychotherapy), Regional de Juiz de Fora, MG (1993). Exerce atividades docentes desde 2000. Lecionou disciplinas relativas à área de Gestão de Pessoas no IESB - Centro Universitário, Instituto de Educação Superior de Brasília; na Faculdade Tecnológica Estácio de Sá (MG); na Universidade Presidente Antônio Carlos, UNIPAC Ubá (MG)  e Leopoldina (MG). Atualmente docente do CES/JF - Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora.Profissional com  experiência de quinze anos no mercado de trabalho em Psicologia Organizacional.

Amalia Raquel Pérez-Nebra, UniCEUB - Centro Universitário de Brasília

Professora do curso de mestrado e graduação do UniCEUB - Brasília. Psicóloga e doutora em psicologia social, organizacional e do trabalho pela Universidade de Brasília. Seus interesses são em psicologia social aplicada ao trabalho, organizações, consumidor e suas interações em serviço. 

Titulação mais alta: doutorado

Citas

Anuário Estatístico da Previdência Social (AEAT)/ Ministério da Previdência Social, Brasil. (2012).Brasília: MF/DATAPREV. Retirado de http://www.previdencia.gov.br/estatisticas/aeat-2012/

Anuário Estatístico da Previdência Social (AEAT) / Ministério da Fazenda, Secretaria de

Previdência, Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (2015). Ano 1 (1988/1992). Brasília: MF/DATAPREV. Retirado de

http://www.previdencia.gov.br/wp-content/uploads/2015/08/AEPS-2015-FINAL.pdf

Balbi, A. L. M. L., & Pérez-Nebra, A. R. (2015). Translation and validation of the inventory of socially supportive behaviors to Brazilian portuguese. XXXV Congresso Interamericano de Psicologia: Apresentação de Trabalho/Comunicação, 2015, Lima.

Bardin, L. (2011). Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, 279p. (Obra original publicada em 1977).

Benin, M. M., Lisboa, S. M., Souza, M. A. , & Machado, D. G.(2016). Custos Ocultos: Um Estudo das Características das Publicações em Periódicos Nacionais de Contabilidade. Contabilidade, Gestão e Governança, 19(2), 274-291.

Berkman, L. F., & Syme, S. L. (1979). Social networks, host resistance and mortality: a nine year follows up study of Alameda Country residents. American Journal of Epidemiology, 109 (2), 186-204.

Bowlby, J. (1979). The making and breaking of affectional bonds. In Bowlby, J., The Making and Breaking of Affectional Bonds (pp. 126-160). London, Tavistock Publications.

Calvetti, P. Ü. (2017). Níveis de Ansiedade, Estresse Percebido e Suporte Social em Pessoas que Vivem com HIV/Aids. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 32(4).

Carver, C.S.; Scheier, M.F., & Segerstrom, S.C. (2010). Optimism. Clinical Psychology Review 30, p.p 879–889.

Cobb, S. (1976). Social Support as a Moderator of Life Stress. Psychosomatic Medicine, 38(5), 300-314.

Costello, A. B., & Osborne, J. W. (2005). Best practices in exploratory factor analysis: Four recommendations for getting the most from your analysis. Practical Assessment, Research & Evaluation, Maryland, 10(7), 1-9.

Deutsch, M., & Gerard, H.B. (1955). A study of normative and informational social influence upon individual judgment. Journal of abnormal and social psychology, 51, 629 – 636.

Festinger, L. (1954). A Theory of Social Comparison Processes. Human Relations, 7, 117-140.

Flisch, T. M. P. (2012). Práticas Coletivas de Educação em Saúde na Atenção Primária à Saúde em Contagem, MG. Dissertação (Mestrado em Enfermagem e Saúde), Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais.

Gassen Balsan, L. A., Dias Lopes, L. F., Nunes Alves, J., Binotto Vizzotto, F., & Medianeira Flores Costa, V. (2016). Impacto do treinamento, comprometimento e entrincheiramento organizacionais em servidores de uma universidade pública. Revista Gestão Universitária na América Latina-GUAL, 9(1).

Griffin, M. A., & Clarke, S. (2011). Stress and well-being at work. In Zedeck, S. (Ed.). APA Handbook of Industrial and Organizational Psychology: Maintaining, Expanding, and Contracting the Organization (Vol. 3, pp.359-397). Washington DC: American Psychological Association.

Guest, D., & Conway, N. (2009). Health and Well-Being: The Role of the Psychological Contract. In Cooper, C. L., Quick, J. C., & Schabracq, M. J. International Handbook of Work and Health Psychology: (Third Edition, pp. 9-23). Singapure: Markono Print Media Pte Lda.

Guimarães, M. C. (2009). Transformações do trabalho e violência psicológica no serviço público brasileiro. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 34(120), 163-171.

Iglesias, F.; Alfinito, S. (2006). A abordagem multi-metodológica em comportamento do consumidor: Dois programas de pesquisa na área de serviços. Rev. Psicol., Organ. Trab.(rPOT), 6, pp.138-165.

Jex; S. M., Swanson, N., & Grubb, P. (2013). Healthy Workplaces. In Schmitt, N. W., & Highhouse, S. (Eds.), Handbook of psychology, Industrial and Organizational Psychology, (vol. 12, 2nd Ed., pp.615-642), Hoboken, NJ: John Wiley & Sons. New York: Routledge.

Lazarus, R. S., & Folkman, S. (1984). Stress, appraisal, e coping. New York: Springer Publishing Company.

Lazarus, R. S., & Folkman, S. (1987). Transactional theory and research on emotions and coping. European Journal of Personality, 1, 141–169.

Leiter, M. P., & Stright, N. (2009). The Social Context of Work Life: Implications for Burnout and Work Engagement. In Cooper, C. L., Quick, J. C., & Schabracq, M. J. (Eds), International Handbook of Work and Health Psychology,(Third Edition, pp. 25-47). Singapure: Markono Print Media Pte Lda.

Martins, V., Costa, L. V., & Siqueira, M. M. M. (2016). O Impacto do Comprometimento Afetivo e do Engajamento no Trabalho sobre os Comportamentos de Cidadania Organizacional. Revista de Administração, Contabilidade e Economia da FUNDACE, 6(2).

Miles, J., & Shevlin, M. (2001). Applying regression and correlation: a guide for students and researchers. London: Sage Publications.

Morgeson, F. P., Garza, A. S., & Campion, M. A. Work Design (2013). Work design. In Schmitt, N. W., & Highhouse, S. (Eds.), Handbook of psychology: Industrial and Organizational Psychology, (vol. 12, 2nd Ed., pp. 525-559), Hoboken, NJ: John Wiley & Sons. New York: Routledge.

Miranda, R. D., Avelino, B. C., & Takamatsu, R. T. (2016). Relação entre satisfação no trabalho e desempenho financeiro das empresas. Contabilidade, Gestão e Governança, 19(3), 336-355.

Moya, M. (2007). Relaciones interpersonales: funciones e inicio. In Morales, J. F., Gaviria, E., Morales, M. C. M., & Guirado, M. I. C. (coords.). Psicologia Social (pp. 333- 358). Espanha: McGraw-Hill.

Olson, M. (1965). The Labor Union and Economic Freedom. In Olson, M. The logic of collective action: Public goods and the Theory of groups. Cambridge, MA: Harvard University Press.

Pais Ribeiro, J.L., & Rodrigues, A.P. (2004). Questões Acerca do Coping: A Propósito do Estudo de Adaptação do Brief Cope. Psicologia, Saúde & Doenças, 5(1), 3-15.

Pais-Ribeiro, J., & Santos, C. (2001). Estudo conservador de adaptação do Ways of Coping Questionnaire a uma amostra e contexto portugueses. Análise Psicológica, 4(XIX), 491-502.

Pasquali, L. (1999). Testes referentes a construto: teoria e modelo de construção. In Pasquali, L. (Org.) Instrumentos psicológicos: manual prático de elaboração (pp.165-198). Brasília: IBAPP.

Pasquali, L.(2005). Análise fatorial para pesquisadores. Brasília: LabPAM.

Pereira, A.S., Motta, E. D.; Vaz, A. L., Pinto, C., Bernardino, O., Melo, A. C.,... Lopes, P. N. (2006). Sucesso e desenvolvimento psicológico no Ensino Superior: Estratégias de intervenção. Análise Psicológica, 1(XXIV), 51-59.

Prieto, F., Peiró, J. Mª., Bravo, M.J., & Caballer, A. (1996). Socialización y desarrollo del rol laboral. In J. Mª. Peiró, & F. Prieto (eds.), Tratado de Psicología del Trabajo, (Spanish Edition) (vol. II, pp. 61 – 100). Madrid: Síntesis.

Ryan, A. M., & Ployhart, R. E. (2013). Customer Service Behavior. In Schmitt, N. W., & Highhouse, S. (Eds.), Handbook of psychology, Industrial and Organizational Psychology, (Vol. 12, 2nd, pp. 470- 492). Ed., Hoboken, NJ: John Wiley & Sons. New York: Routledge.

Savóia, M. G., Santana, P. R., & Mejias, N. P. (1996). Adaptação do Inventário de Estratégias de Coping de Folkman e Lazarus Para o Português. Psicologia USP, São Paulo, 7(1/2), 183-201.

Selye, H. (1998). A Syndrome Produced by Diverse Nocuous Agents. Journal of Neuropsychiatry. Neuropsychiatry Classics, 10(2).

Siqueira, M. M. M. (2005). Esquema mental de reciprocidade e influências sobre afetividade no trabalho. Estudos de Psicologia, Natal,10(1), 2005.

Siqueira, M. M. M. (2008). Construção e validação da Escala de Percepção de Suporte Social. Psicologia em Estudo, Maringá,13(2), 381-388.

Siqueira, M. M. M., & Gomide Jr., S. (2008). Suporte no trabalho. In Siqueira, M. M. M. e cols. Medidas do Comportamento Organizacional: Ferramentas de Diagnóstico e de Gestão, (pp. 283-294). Porto Alegre: Artmed.

Sonnentag, S., & Frese, M. (2003). Stress in Organizations. In Borman, W. C., Ilgen, D. R., Klimoski, R. J., & Weiner, I. Handbook of Psychology, Industrial and Organizational Psychology (Vol. 12, p. 453 – 491). New Jersey: John Wiley & Sons, Inc.

Sonnentag, S., & Frese, M. (2013). Stress in Organizations. In Weiner, I. B. (Series Ed.), Schmitt, N. W.; Highhouse, S. (Eds.), Handbook of psychology, Industrial and Organizational Psychology, (Vol. 12,2 nd., p. 560-592). Ed., Hoboken, NJ: John Wiley & Sons. New York: Routledge.

Steg, L., & Rothengatter, T. (2017). Introduction to applied social psychology. In: Steg, L., & Rothengatter, T. (Eds.). (2017). Applied social psychology. Cambridge University Press. Cap. 1, pp. 1-26.

Stroebe, M., Schut, H., & Boerner, K. (2017). Cautioning health-care professionals: Bereaved persons are misguided through the stages of grief. OMEGA-Journal of Death and Dying, 74(4), 455-473.

Stroebe, W., & Stroebe, M. (1996). The Social Psychology of Social Support. In Higgins, E. T. (Ed); Kruglanski, A. W. (Ed.). Social psychology: Handbook of basic principles, (p. 597-621). New York, NY, US: Guilford Press.

Tamayo, M. R. (2002). Burnout: relações com afetividade negativa, no coping no trabalho e a percepção de suporte organizacional. Tese (doutorado). Universidade de Brasília, Brasília, DF.

Tamayo, M. R.; Tróccoli, B. T. (2002). Exaustão emocional: relações com a percepção de suporte organizacional e com as estratégias de coping no trabalho. Estudos de Psicologia,7( p. 37-46).

Taylor, S. E. (2010). Health. In Fiske, S. T., Gilbert, D. T., & Lindzey, G. (Eds) Handbook of Social Psychology, 5(1). New York: Wiley.

Thoits, P. A. (2011). Mechanisms Linking Social Ties and Support to Physical and Mental Health. Journal of Health and Social Behavior, 52(2), 145-161.

Uchino, B. N., Cacioppo, J. T., & Kiecolt-Glaser, J. K. (1996). The Relationship Between Social Support and Physiological Processes: A Review With Emphasis on Underlying Mechanisms and Implications for Health. Psychological Bulletin,119(3), 488-531.

Westman, M., & Chen, S. (2017). Crossover of Burnout and Engagement from Manageres to Followers. In: Cooper, C. L., & Quick, J. C. (Eds.). (2017). The Handbook of Stress and Health: A Guide to Research and Practice. John Wiley & Sons. Cap, 14, pp. 236-248.

Publicado

2017-12-18

Cómo citar

Andrade, V. L. P. de, & Pérez-Nebra, A. R. (2017). Suporte Social e Estresse no Trabalho: Uma Análise com Métodos Mistos. Contabilidade Gestão E Governança, 20(3), 442–462. https://doi.org/10.51341/1984-3925_2017v20n3a7

Número

Sección

Artigos