Governança e Relações de Poder: Orientando as Boas Práticas em Cooperativas e outras Sociedades de Pessoas
Resumo
Este ensaio busca provocar o estabelecimento de uma agenda de pesquisas sobre governança em cooperativas, associações e organizações do terceiro setor, que leve em consideração as peculiaridades desse tipo de organização, discutindo se as consideradas “boas práticas de governança” para as empresas de associação de capital seriam necessariamente as mesmas para as associações de pessoas. O objetivo principal é contribuir para a ampliação da discussão sobre o modelo de governança em cooperativas, refletindo sobre as relações de poder nelas subjacentes, sua aplicação aos princípios das boas práticas e a sua repercussão na gestão, alargando a abordagem em relação à forma como tem sido debatida pelo mainstream. Para tanto, realizou-se uma breve revisão das definições e modelos, na forma como foram sendo propostos pelos autores, acompanhada pela reflexão sobre o seu imbricamento com as relações de poder e sobre as peculiaridades da proposta de uma governança cooperativa, com os aspectos de regulação e controle nela implícitos. A discussão é ampliada para considerar serem as relações de poder entre os diversos atores desse tipo de organização orientadores válidos para as boas práticas, quando o que se visa é o sucesso, efetividade e a perenidade dessas organizações – e não apenas o “aumento de seu valor”. O artigo conclui com uma breve discussão entre o que é esperado e o que é efetivamente observado nos institutos de governança em cooperativas, apontando algumas das distorções geradas e possíveis implicações para o sucesso e perenidade do empreendimento.Downloads
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