Remuneração de Executivos e Conservadorismo Condicional de Empresas Brasileiras

Autores

  • Larissa Degenhart Universidade Regional de Blumenau - FURB
  • Sheila Patricia Ramos Beckhauser Universidade Regional de Blumenau - FURB
  • Roberto Carlos Klann Universidade Regional de Blumenau - FURB

DOI:

https://doi.org/10.51341/1984-3925_2018v21n2a1

Palavras-chave:

Remuneração de Executivos, Conservadorismo Contábil, Empresas brasileiras.

Resumo

Este estudo tem por objetivo analisar a relação entre a remuneração dos executivos e o grau de conservadorismo condicional de empresas brasileiras. O período de análise compreendeu os anos de 2011 a 2015. A amostra final do estudo constituiu-se de 258 empresas para o ano de 2011, de 253 empresas para os anos de 2012 e 2013, de 255 empresas para o ano de 2014 e de 258 empresas para o ano de 2015.Para a análise dos dados, utilizou-se o modelo de conservadorismo contábil de Ball e Shivakumar (2005), inserindo-se as proxies remuneração fixa dos executivos e remuneração variável com base no lucro e nas ações das empresas. Os resultados do estudo permitiram confirmar as hipóteses de pesquisa, pois o conservadorismo condicional, quando medido pelo reconhecimento oportuno das perdas como proxy de boas e más notícias, foi afetado pela remuneração fixa e variável dos executivos. Conclui-se que os planos de remuneração com base no lucro e nas ações das empresas possibilitam que os executivos utilizem procedimentos contábeis que aumentem a sua remuneração no curto e no longo prazo, em vista das evidências encontradas de uma relação negativa entre a remuneração variável dos executivos e o grau de conservadorismo condicional das empresas brasileiras. No que tange às contribuições práticas deste estudo, a análise do conservadorismo condicional deve estar presente quando da utilização de remuneração variável de executivos, mitigando práticas contábeis mais agressivas que possam prejudicar a qualidade da informação contábil disponibilizada aos diversos stakeholders.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Larissa Degenhart, Universidade Regional de Blumenau - FURB

Doutoranda em Ciências Contábeis e Administração pela Universidade Regional de Blumenau - FURB

Sheila Patricia Ramos Beckhauser, Universidade Regional de Blumenau - FURB

Doutoranda em Ciências Contábeis e Administração pela Universidade Regional de Blumenau - FURB

Roberto Carlos Klann, Universidade Regional de Blumenau - FURB

Doutor em Ciências Contábeis e Administração pela Universidade Regional de Blumenau - FURB

Coordenador e Professor do Programa de Pós Graduação em Ciências Contábeis da Universidade Regional de Blumenau - FURB - PPGCC/FURB

Referências

Armstrong, M., Brown, D., & Reilly, P. (2011). Increasing the effectiveness of reward management: an evidence-based approach. Employee Relations, 33(2), 106-120.Doi: 10.1108/01425451111096668.

Ball, R., & Shivakumar, L. (2005). Earnings quality in UK private firms: comparative loss recognition timeliness. Journal of Accounting and Economics, 39(1), 83-128. Doi: 10.1016/j.jacceco.2004.04.001.

Basu, S. (1997). The conservatism principle and the asymmetric timeliness of earnings 1. Journal of Accounting and Economics, 24(1), 3-37.Doi: 10.1016/S0165-4101(97)00014-1.

Beaver, W. H., & Ryan, S. G. (2005). Conditional and Unconditional Conservatism: Concepts and Modeling. Review of Accounting Studies, 10(2-3), 269-309.Doi: org/10.1007/s11142-005-1532-6.

Bushman, R. M., & Piotroski, J. D. (2006). Financial reporting incentives for conservative accounting: The influence of legal and political institutions. Journal of Accounting and Economics, 42(1), 107-148. Doi:10.1016/j.jacceco.2005.10.005.

Conyon, M. J. (2006). Executive compensation and incentives. The Academy of Management Perspectives,20(1), 25-44. Doi:10.5465/AMP.2006.19873408.

Cullinan, C. P., Wang, F., Wang, P., & Zhang, J. (2012). Ownership structure and accounting conservatism in China. Journal of International Accounting, Auditing and Taxation, 21(1), 1-16. Doi:10.1016/j.intaccaudtax.2012.01.001.

Comissão de Valores Mobiliários. (2009). Instrução CVM nº 480, de 7 de dezembro de 2009. Recuperado de , em 2 nov. 2016.

Davis, S. A., Debode, J. D., & Ketchen Jr., D. J. (2013). Dollars and sense: The implications of CEO compensation for organizational performance. Business Horizons,56(5), 537-542.doi10.1016/j.bushor.2013.05.008.

Firth, M., Fung, P. M. Y., & Rui, O. M. (2007). How ownership and corporate governance influence chief executive pay in China's listed firms. Journal of Business Research, 60(7), 776-785.Doi:10.1016/j.jbusres.2007.01.014.

Givoly, D., & Hayn, C. (2000). The changing time-series properties of earnings, cash flows and accruals: Has financial reporting become more conservative?. Journal of Accounting and Economics, 29(3), 287-320.Doi: 10.1016/S0165-4101(00)00024-0.

Gong, J. J. (2011). Examining shareholder value creation over CEO tenure: A new approach to testing effectiveness of executive compensation. Journal of Management Accounting Research, 23(1), 1-28.Doi:10.2308/jmar-10105.

Healy, P. M. (1985). The effect of bonus schemes on accounting decisions. Journal of Accounting and Economics,7(1), 85-107. Doi:10.1016/0165-4101(85)90029-1.

Holthausen, R. W., Larcker, D. F., & Sloan, R. G. (1995). Annual bonus schemes and the manipulation of earnings. Journal of Accounting and Economics, 19(1), 29-74. Doi:10.1016/0165-4101(94)00376-G.

Iwasaki, T., Otomasa, S., Shiiba, A., & Shuto, A. (2015). The role of accounting conservatism in executive compensation contracts. Working Paper, 1(1), 1-53. Doi:10.2139/ssrn.2024827.

Iyengar, R. J., & Zampelli, E. M. (2010). Does accounting conservatism pay?. Accounting & Finance, 50(1), 121-142.Doi: 10.1111/j.1467-629X.2009.00325.x.

Jensen, M. C., & Meckling, W. H. (1976).Theory of the firm: managerial behavior, agency costs, and ownership structure. Journal of Financial Economics, 3(4), 305-360.Doi:10.1016/0304-405X(76)90026-X.

Khan, M., & Watts, R. L. (2009). Estimation and empirical properties of a firm-year measure of accounting conservatism. Journal of Accounting and Economics, 48(2-3), 132-150. Doi:10.1016/j.jacceco.2009.08.002.

Lafond, R., & Roychowdhury, S. (2008). Managerial ownership and accounting conservatism. Journal of Accounting Research, 46(1), 101-135.Doi:10.1111/j.1475-679X.2008.00268.x.

Lafond, R., & Watts, R. L. (2007). The Information Role of Conservatism. The Accounting Review, 83(1), 447-478. Doi: Doi: http://dx.doi.org/10.2308/accr.2008.83.2.447.

Leone, A. J., Wu, J. S., & Zimmerman, J. L. (2006). Asymmetric sensitivity of CEO cash compensation to stock returns. Journal of Accounting and Economics,42(1), 167-192. Doi:10.1016/j.jacceco.2006.04.001.

Murphy, K. J. (1998). Executive Compensation. In: Orley Ashenfelter and David Card (Eds.). Handbook of Labor Economics (North Holland).

Murphy, K. J. (1999). Executive compensation. Handbook of Labor Economics, 3(1), 2485-2563. Doi: 10.1016/S1573-4463(99)30024-9.

Ruch, G. W., & Taylor, G. (2015). Accounting Conservatism: A review of the literature. Journal of Accounting Literature, 34(1), 17-38. Doi:10.1016/j.acclit.2015.02.001.

Shao, R., Chen, C., & Mao, X. (2012). Profits and losses from changes in fair value, executive cash compensation and managerial power: Evidence from A-share listed companies in China. China Journal of Accounting Research, 5(4), 269-292. Doi:10.1016/j.cjar.2012.11.002.

Shuto, A. (2007). Executive compensation and earnings management: Empirical evidence from Japan. Journal of International Accounting, Auditing and Taxation,16(1), 1-26. Doi:10.1016/j.intaccaudtax.2007.01.004.

Silva, J. O. da, Aillón, H. S., Sartorelli, I.C., & Bezerra, F. A. (2012). Remuneração variável dos gestores e o conservadorismo contábil. In: Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (ANPCONT), 6., 2012, Florianópolis (Sc). Anais... Florianópolis: ANPCONT.

Smith, C. W., & Watts, R. L. (1982). Incentive and tax effects of executive compensation plans. Australian Journal of Management, 7(2), 139-157. Doi: 10.1177/031289628200700204.

Watts, R. L., & Zimmerman, J. L. (1986). Positive Accounting Theory. Prentice Hall.

Watts, R. L. (1977). Corporate financial statements, a product of the market and political processes. Australian Journal of Management, 2(1), 53-75. Doi:10.1177/031289627700200104.

Watts, R. L. (2003a). Conservatism in Accounting Part I: Explanations and implications. Accounting Horizons, 17(3), 207-221. Doi: 10.2308/acch.2003.17.3.207.

Watts, R. L. (2003b). Conservatism in Accounting Part II: Evidence and research opportunities. Accounting Horizons, 17(4), 287-301. Doi:10.2308/acch.2003.17.4.287.

Wood Jr., T., & Picarelli Filho, V. (2010). Remuneração Estratégica. 3. ed. São Paulo: Atlas.

Xu, J., & Lu, C. (2008). Accounting Conservatism: A Study of Market-Level and Firm-Level Explanatory Factors. China Journal of Accounting Research, 1(1), 11-29. Doi:10.1016/S1755-3091(13)60003-9.

Yunos, R. M., Ahmad, S. A., & Sulaiman, N. (2014). The influence of internal governance mechanisms on accounting conservatism. Procedia-Social and Behavioral Sciences,164(1), 501-507. Doi:10.1016/j.sbspro.2014.11.138.

Downloads

Publicado

2018-07-31

Como Citar

Degenhart, L., Beckhauser, S. P. R., & Klann, R. C. (2018). Remuneração de Executivos e Conservadorismo Condicional de Empresas Brasileiras. Contabilidade Gestão E Governança, 21(2), 160–177. https://doi.org/10.51341/1984-3925_2018v21n2a1

Edição

Seção

Articles