Relação Entre Formação Estratégica e Sistemas de Controle Gerencial
DOI:
https://doi.org/10.51341/1984-3925_2017v20n1a8Palavras-chave:
Formação Estratégica, Estratégia Empresarial, Sistemas de controle gerencial, Alavancas de controle, Construção civilResumo
Esta pesquisa teve como objetivo analisar as relações existentes entre a formação estratégica das empresas e seus sistemas de controle gerencial, tendo como parâmetro de análise o sistema de alavancas de controle preconizado por Simons (1995). Foram realizados dois estudos de caso em duas empresas do setor de construção civil da região metropolitana de Belo Horizonte/MG. Nessa perspectiva, identificou-se que as empresas pesquisadas utilizam estratégia genérica de enfoque para vender seus empreendimentos, sendo que uma empresa possui planejamento de longo prazo e a outra se guia por perspectivas de curto prazo. As empresas analisadas possuem diversas ferramentas formais de controle, contudo notou-se que parte dessas ferramentas existem com o objetivo de atender as normas e auditorias estabelecidas por órgãos certificadores, não sendo utilizadas para a tomada de decisão. Nesse sentido, concluiu-se que a relação existente entre os controles gerenciais e a formação da estratégia dessas empresas se dá de forma passiva, servindo os sistemas de controle gerencial como garantidores da realização das estratégias e metas organizacionais, mas não sendo os mesmos usados efetivamente como forma de identificação de oportunidades e fonte da formação de novas estratégias.Downloads
Referências
Alves, A. B. (2010). Desenho e uso dos sistemas de controle gerencial e sua contribuição para a formação e implementação da estratégia organizacional. (Dissertação de mestrado). Universidade de São Paulo - USP, São Paulo, SP, Brasil.
Anthony, R. N., & Govindarajan, V. (2006). Sistemas de controle gerencial. São Paulo: Atlas.
Bruining, H.; Bonnet, M., & Wright, M. (2004). Management control systems and strategy change in buyouts. Management Accounting Research, 15, 155-177.
Cardoso, F. F. (1996). Estratégias empresariais e novas formas de racionalização da produção no setor de edificações no Brasil e na França. Parte 1: O ambiente do setor e as estratégias. Estudos Econômicos da Construção. (2).
Chakravarthy, B. S., & White, R. E. (2003). Strategy process: forming, implementing and changing strategies. In A. M. Pettigrew, H. Thomas., & H. R. Chenhall, (Orgs.) Management control systems design within its organizational context: findings from contingency-based research and directions for the future. Accounting, Organizations and Society. 28, 127–168.
Damke, E. Jr, Silva, E. D., & Walter, S. A. (2011). Sistemas de controle e alinhamento estratégico: proposição de indicadores. Rev. eletr. Estratégia e negócios. 4(1) 65-87. Florianópolis, SC, Brasil.
Farias Filho, M. C., & Arruda Filho E. M (2013). Planejamento da Pesquisa Científica. São Paulo, SP, Brasil: Atlas.
Ferreira, A., & Otley, D. (2005). The Design and Use of Management Control Systems: An Extended Framework for Analysis. AAA Management Accounting Section. 1-54.
GIL, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo, SP, Brasil: Atlas.
Hopwood, A. G. (1987). The archaeology of accounting systems. Accounting Organization and Society. 12(3) 207-234.
Lacerda, D. B. (2013). Análise da relação entre a estratégia e os sistemas de controle gerencial: um estudo com empresas do setor da construção civil. (Dissertação de mestrado). Universidade de Minas Gerais – UFMG, Belo Horizonte, MG, Brasil.
Porter, M. E. (1986). Estratégia Competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência. Rio de Janeiro, RJ, Brasil: Campus.
Koper, R, Ng, J., & Paul, B. J. (2007). The interrelationship between management control mechanisms and strategy. Management Accounting Research, 18, 425-452.
Martins, G. A., & Theóphilo, C. R. (2009). Metodologia da investigação científica para ciências sociais aplicadas. São Paulo, SP, Brasil: Atlas.
Mintzberg, H. (1978). Patterns in Strategy Formation. Management Science. 24(9), 934-948.
____________; Ahlstrand, B., & Lampel, J. (2000). Safari de estratégia: um roteiro pela selva do planejamento estratégico. Porto Alegre, RS, Brasil: Bookman.
Otley, D. (1999). Performance management: a framework for management control systems research. Management accounting research. 10, 363-382.
Simons, R. (1987). Accounting control systems and business strategy: an empirical analysis. Accounting, Organization and Society, Great Britain. 12(4), 357-374.
_______. (1994). How new top managers use control systems as levers of strategic renewal. Strategic Management Journal. 15, 169-189.
_______. (1995). Control in age of empowerment. Harvard Business Review. Reprint 95211, 80-88.
_______. (2000). Performance measurement and control systems for implementing strategy. New Jersey: Prentice Hall.
Tuomela, T. (2005). The interplay of different levers of control: A case study of introducing a new performance measurement system. Management Accounting Research. 16, 293-320.
Widener, Sally K (2007). An empirical analysis of the levers of control framework. Accounting, Organization and Society. 32, 757-788.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores detêm os direitos autorais relativos ao seu artigo e cedem à Revista Contabilidade, Gestão e Governança os direitos exclusivos de primeira publicação (englobando comunicação ao público e reprodução), com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição Não Comercial 4.0 Internacional (CC BY-NC).
Esta licença permite que terceiros remixem, adaptem e criem a partir do trabalho publicado, desde que para fins não comerciais, atribuindo o devido crédito de autoria e publicação inicial neste periódico.
Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional, em site pessoal, publicar uma tradução, ou capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico, desde que sem uso/distribuição comercial.