Impacto das Emendas às IAS 16 e IAS 41 na Posição Econômico-financeira das Empresas Sucroenergéticas Brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.51341/1984-3925_2021v24n1a6Palavras-chave:
Ativos Biológicos, Plantas Portadoras, Comparabilidade, Cana-de-açúcar.Resumo
Objetivo: Identificar o impacto das emendas às IAS 16 e IAS 41 na posição econômico-financeira das empresas sucroenergéticas brasileiras, no período de transição de 2015 a 2017.
Método: Em uma amostra de 64 companhias, utilizou-se o inverso do índice de Comparabilidade de Gray para mensurar o impacto e o teste Wilcoxon pareado para identificar a significância.
Originalidade/Relevância: Essa nova política contábil dividiu a planta e a produção em dois ativos, com diferentes modelos de mensuração. No processo de contabilização das lavouras de cana-de-açúcar, a soqueira da cana-de-açúcar, considerada uma planta portadora, passa a ser mensurada pelo custo histórico e classificada como imobilizado, enquanto que a cana em pé continua a ser mensurada pelo valor justo, mas reportada no ativo circulante.
Resultados: Os ajustes contábeis retrospectivos impactaram significativamente a maioria das variáveis analisadas. Melhoraram a liquidez corrente e o giro do ativo, bem como impactaram negativamente a participação de capitais de terceiros, a imobilização do patrimônio líquido, a liquidez geral e o retorno sobre o patrimônio líquido. A composição do endividamento, a liquidez seca, a margem líquida, o retorno sobre investimentos e o ciclo operacional se mantiveram relativamente estáveis.
Contribuições teóricas/metodológicas: O estudo demonstra que as emendas às IAS 16 e IAS 41 implicam a perda de comparabilidade dos números contábeis e dos indicadores econômico-financeiros em relação a períodos anteriores. Além disso, considerando as peculiaridades das lavouras de cana-de-açúcar, o estudo fornece evidências que contribuem com as discussões sobre a mensuração do valor justo da cana em pé.
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