Há Influência da Tangibilidade na Velocidade de Ajuste da Estrutura de Capital?
DOI:
https://doi.org/10.51341/1984-3925_2017v20n1a4Palavras-chave:
Estrutura de Capital, Velocidade de Ajuste, Tangibilidade, Teoria do tradeoffResumo
A pesquisa investiga a influência do grau de tangibilidade na velocidade de ajuste em direção ao endividamento alvo, com base na teoria do tradeoff dinâmico. O tema é relevante em face da ausência de consenso entre os pesquisadores, cujos estudos demonstram variada gama de resultados díspares. É empregado o modelo de ajuste parcial em painel de dados dinâmico, com estimadores de Arellano-Bond e Blundell-Bond, visando a determinar a velocidade de ajuste do endividamento de empresas não financeiras do Reino Unido no período de 10 anos, entre 2005 e 2014. São utilizadas três amostras: a primeira contém 1.045 empresas, a segunda contém 309 empresas com maior grau de tangibilidade e a terceira contém 309 empresas com menor grau de tangibilidade. Os resultados empíricos apresentam evidências, com significância estatística, da influência do grau de tangibilidade das empresas na velocidade de ajuste do nível de endividamento. A velocidade de ajuste para o grupo de empresas com maior tangibilidade é menor quando comparada ao grupo de empresas com menor tangibilidade, quando é utilizado o modelo de Blundell-Bond, cujos estimadores são mais eficientes e menos enviesados. Estes resultados podem contribuir para a melhor gestão da estrutura de capital das empresas.Downloads
Referências
Anderson, T. W., & Hsiao, C. (1981). Estimation of dynamic models with error components. Journal of the American Statistical Association, 76, 598-606.
Arellano, M., & Bond, S. R. (1991). Some tests of specification for panel data: Monte Carlo evidence and an application to employment equations. Review of Economic Studies, 58(194), 277-297.
Bah, R., & Dumontier, P. (2001). R&D intensity and corporate financial policy: some international evidence. Journal of Business Finance & Accounting, 28(5-6), 671-692.
Bahng, J. S., & Jeong, H. C. (2012). Nonlinear behaviors in capital structure decisions in Australian firms. Review of Pacific Basin Financial Markets and Policies, 15(3), 1250012/1-1250012/19.
Baker, M., & Wurgler, J. (2002). Market timing and capital structure. Journal of Finance, 57, 1-32.
Balakrishnan, S., & Fox, I. (1993). Asset specificity, firm heterogeneity and capital structure. Strategic Managemet Journal, 14(1), 3-16.
Bastos, D. D., Nakamura, W. T., & Basso, L. F. C. (2009). Determinants of capital structure of publicly traded companies in Latin America: an empirical study considering macroeconomic and institutional factors. Revista de Administração Mackenzie, 10, 47-77.
Blundell, R., & Bond, S. R. (1998). Initial conditions and moment restrictions in dynamic panel data models. Journal of Econometrics, 87(1), 114-143.
Booth, L., Aivazian, V., Demirguc-Kunt, A., & Maksimovic, V. (2001). Capital structures in developing countries. The Journal of Finance, 61(1), 87-130.
Brealey, R. A., Myers, S. C., & Allen, F. (2013). Princípios de Finanças Corporativas (10a ed.). (C. R. Paschoa, Trad.). Porto Alegre: AMGH. (Obra original publicada em 2011).
Dang, V. A., Kim, M., & Shin, Y. (2012). Asymmetric capital structure adjustments: New evidence from dynamic panel threshold models. Journal of Empirical Finance, 19, 465-482.
Durand, D. (1952). Cost of debt and equity funds for business: trends and problems of measurement. Proceedings of the Conference on Research on Business Finance, New York, USA.
Durand, D. (1959). The cost of capital, corporate finance and the theory of investment: comment. American Economic Review, 49(4), 639-655.
Elsas, R., & Florysiaki, D. (2011). Heterogeneity in the speed of adjustment toward target leverage. International Review of Finance, 11(2), 181-211.
Fama, E. F., & French, K. R. (2002). Testing trade-off and pecking order predictions about dividends and debt. The Review of Financial Studies, 15(1), 1-33.
Flannery, M. J., & Hankins, K. W. (2013). Estimating dynamic panel models in corporate finance. Journal of Corporate Finance, 19, 1-19.
Flannery, M. J., & Rangan, K. P. (2006). Partial Adjustment Toward Target Capital Structures. Journal of Financial Economics, 79, 469–506.
Forte, D. (2007). Estudo sobre a estrutura de capital das empresas brasileiras no período pós Plano Real (1995-2005). Tese de Doutorado em Administração de Empresas, Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, SP, Brasil.
Frank, M. Z., & Goyal, V. K. (2008). Trade-off and pecking order theories of debt. In E. Eckbo (Ed.), The handbook of empirical corporate finance (Vol. 2, pp. 135-202). Amsterdam: Elsevier Science.
Frank, M. Z., & Goyal, V. K. (2009). Capital Structure Decisions: Which Factors Are Reliably Important? Financial Management, 38, 1-37.
Gomes, G. L., & Leal, R. P. C. (2001). Determinantes da estrutura de capitais das empresas brasileiras com ações negociadas em bolsas de valores. In Leal, R. P. C., Costa Jr., N. C. A. da & Lemgruber, E. F. (Org.) Finanças corporativas (pp. 42-57). São Paulo: Atlas.
Graham, J. R., & Harvey, C. (2001). The theory and practice of corporate finance: evidence from the field. Journal of Financial Economics, 60, 187–243.
Hovakimian, A., & Li, G. (2011). In search of conclusive evidence: how to test for adjustment to target capital structure. Journal of Corporate Finance, 17(1), 33-34.
Huang, R., & Ritter, J. (2009). Testing theories of capital structure and estimating the speed of adjustment. Journal of Financial and Quantitative Analysis, 44, 237-271.
Jensen, M. C., & Meckling, W. H. (1976). Theory of the firm: managerial behavior, agency costs and ownership structure. Journal of Financial Economics, 3(4), 305-360.
Kayo, E. K., & Famá, R. (2004). A estrutura de capital e o risco das empresas tangível-intensivas e intangível-intensivas. Revista de Administração da Universidade de São Paulo, 39(2), 164-176.
Kayo, E. K., & Kimura, H. (2011). Hierarchical determinants of capital structure. Journal of Banking & Finance, 35, 358–371.
Kayo, E. K., Teh, C. C., & Basso, L. F. C. (2006). Ativos intangíveis e estrutura de capital: a influência das marcas e patentes sobre o endividamento. R. Adm., 41(2), 158-168.
Lemmon, M. L., Roberts, M. R., & Zender, J. F. (2008). Back to the beginning: persistence and the cross section of corporate capital structure. Journal of Finance, 63, 1575-1608.
Lumby, S. (1991). Investment appraisal and financing decisions: a first course in financial management. 4th ed. [S.l.]: Chapman & Hall.
McMillan, D. G.; Camara, O. (2012). Dynamic capital structure adjustment: US MNCs & DCs. Journal of Multinational Financial Management, 22, 278-301.
Modigliani, F., & Miller, M. (1958). The cost of capital, corporation finance, and the theory of investment. American Economic Review, 48(3), 261-297.
Modigliani, F., & Miller, M. (1959). The cost of capital, corporation finance, and the theory of investment: reply. American Economic Review, 49(4), 655-669.
Modigliani, F., & Miller, M. (1963). Corporate income taxes and the cost of capital: a correction. American Economic Review, 53(3), 433-443.
Myers, S. (1984). The capital structure puzzle. Journal of Finance, 39(3), 575-592.
Myers, S., & Majluf, N. (1984). Corporate financing and investment decisions when firms have information that investors do not have. Journal of Financial Economics, 13(2), 187-222.
Nakamura, W. T. (1992). Estrutura de capital das empresas no Brasil: evidências empíricas. Dissertação de Mestrado em Administração de Empresas, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
O’Brien, J. P. (2003). The capital structure implications of pursuing a strategy of innovation. Strategic Management Journal, 24(5), 415-431.
Öztekin, Ö., & Flannery, M. J. (2012). Institutional determinants of capital structure adjustment speeds. Journal of Financial Economics, 103, 88-112.
Perobelli, F. F. C., & Famá, R. (2003). Fatores Determinantes da Estrutura de Capital para Empresas Latino-Americanas. RAC, 7(1), 09-35.
Rajan, R. G., & Zingales, L. (1995). What do we know about capital structure? Some evidence from international data. Journal of Finance, 50(5), 1421-1460.
Rasiah, D., & Kim, P. K. K. (2011). Theoretical review on de use of the static trade off theory, the pecking order theory and the agency cost theory of capital structure. International Research Journal of Finance and Economics Issue, 63, 150-159.
Silva, J., & Brito, R. (2005). Testando as previsões de Trade-Off e Pecking Order sobre dividendos e dívidas no Brasil. Estudos Econômicos, 35, 37-79.
Sobrinho, L. R. B., Sheng, H. H., & Lora, M. I. (2012). Country Factors and Dynamic Capital Structure in Latin American Firms. Revista Brasileira de Finanças, 10(2), 267-284.
Terra, P. R. S. (2007). Estrutura de capital e os fatores macroeconômicos na América Latina. Revista de Administração USP, 42(2), 192-204.
Thies, C. F., & Klock, M. S. (1992). Determinants of capital structure. Review of Financial Economics, 1(2), 40-53.
Titman, S., & Wessels, R. (1988). The determinants of capital structure choice. The Journal of Finance, 43(1), 1-19.
Welch, I. (2004). Capital structure and stock returns. Journal of Political Economy, 112(1), 106-131.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores detêm os direitos autorais relativos ao seu artigo e cedem à Revista Contabilidade, Gestão e Governança os direitos exclusivos de primeira publicação (englobando comunicação ao público e reprodução), com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição Não Comercial 4.0 Internacional (CC BY-NC).
Esta licença permite que terceiros remixem, adaptem e criem a partir do trabalho publicado, desde que para fins não comerciais, atribuindo o devido crédito de autoria e publicação inicial neste periódico.
Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional, em site pessoal, publicar uma tradução, ou capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico, desde que sem uso/distribuição comercial.