Reflexos da Aplicação de Funding no Desenho e Uso do Sistema de Controle Gerencial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51341/1984-3925_2020v23n2a5

Palavras-chave:

Aplicação de funding, Desenho do SCG, Uso do SCG, Startups.

Resumo

Objetivo : este estudo analisa os reflexos da aplicação de recursos por provedores de funding no uso do Sistema de Controle Gerencial (SCG) mediado pelo seu desenho em startups.

Método : uma survey foi realizada em 387 startups listadas na Associação Brasileira de Startups, e a amostra compõe-se de 56 respostas válidas.

Originalidade / relevância : a pesquisa revela que a aplicação de recursos por provedores de funding está relacionada, de forma direta, com todas as variáveis de desenho do SCG e apenas com o sistema de limites quanto ao uso do SCG. Isso denota a relevância de se analisar os efeitos da aplicação de funding no desenho e uso do SCG em startups.

Resultados : os resultados da pesquisa mostram efeito direto na relação entre a aplicação de recursos por provedores de funding e as variáveis de desenho do SCG (controles de planejamento, cibernético, administrativo e cultural). Já o efeito direto na relação com o uso do SCG (sistemas de controle diagnóstico, interativo, crenças e limites) foi constatado apenas para o sistema de limites. A mediação indicou relações mais fortes do uso do SCG com controles de planejamento e cultural, enquanto os controles cibernético e administrativo não apresentaram mediação com todas as variáveis.

Contribuições teóricas / metodológicas : o estudo contribui para a literatura referente ao desenho e uso do SCG, consolida com a aplicação de recursos pelos provedores de financiamento, a partir de um modelo teórico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Bisbe, J., & Otley, D. (2004). The effects of the interactive use of management control systems on product innovation. Accounting, Organizations and Society, 29(8), 709-737. https://doi.org/10.1016/j.aos.2003.10.010

Chenhall, R.H. (2003). Management control systems design within its organizational context: findings from contingency-based research and directions for the future. Accounting, Organizations and Society, 28(2-3), 127-168. https://doi.org/10.1016/S0361-3682(01)00027-7

Cruz, A.P.C., Frezatti, F., & Bido, D.S. (2015). Estilo de liderança, controle gerencial e inovação: Papel das alavancas de controle. Revista de Administração Contemporânea, 19(6), 772-794. http://dx.doi.org/10.1590/1982-7849rac2015150099.

Davila, A., & Foster, G. (2005). Management accounting systems adoption decisions: Evidence and performance implications from early-stage/startup companies. The Accounting Review, 80(1), 1039-1068. https://doi.org/10.2308/accr.2005.80.4.1039

Davila, A., Foster, G., & Jia, N. (2015). The valuation of management control systems in start-up companies: International field-based evidence. European Accounting Review, 24(2), 207-239. https://doi.org/10.1080/09638180.2014.965720

Faul, F., Erdfelder, E., Buchner, A., & Lang, A.-G. (2009). Statistical power analyses using G*Power 3.1: Tests for correlation and regression analyses. Behavior Research Methods, 41(1), 1149-1160. doi:10.3758/BRM.41.4.1149

Gaski, J.F., & Nevin, J.R. (1985). The differential effects of exercised and unexercised power sources in a marketing channel. Journal of Marketing Research, 22(2), 130-142. https://doi.org/10.1177/002224378502200203

Hair Jr, J.F., Hult, G.T.M., Ringle, C., & Sarstedt, M. (2016). A primer on partial least squares structural equation modeling (PLS-SEM). USA: Sage Publications.

Jensen, M.C., & Meckling, W.H. (1976). Theory of the firm: managerial behavior, agency costs and ownership structure. Journal of Financial Economics, 3(4), 305-360. https://doi.org/10.1016/0304-405X(76)90026-X

Henri, J.F. (2006). Management control systems and strategy: A resource-based perspective. Accounting, Organizations and Society, 31(6), 529–558. https://doi.org/10.1016/j.aos.2005.07.001

Klem, L. (2006). Structural equation modeling. In: Grimm, L.G., & Yarnold, P.R. (Eds.). Reading and understanding more multivariate statistics (p. 227-260). Washington: American Psychological Association.

Malmi, T., & Brown, D.A. (2008). Management control systems as a package: Opportunities, challenges and research directions. Management Accounting Research, 19(4), 287-300. https://doi.org/10.1016/j.mar.2008.09.003

Ouchi, W. (1979). A conceptual framework for the design of organizational control mechanisms. Management Science, 25(9), 833-848. http://www.jstor.org/stable/2630236

Oyadomari, J.C.T., Cardoso, R.L., Silva, B.O.T., & Perez, G. (2010). Sistemas de controle gerencial: Estudo de caso comparativo em empresas inovadoras no Brasil. Revista Universo Contábil, 6(4), 21-34. http://dx.doi.org/10.4270/ruc.20106

Pasquali, L. (2003). Psicometria: Teoria dos testes na psicologia e na educação. Petrópolis: Vozes.

Sandino, T. (2007). Introducing the first management control systems: Evidence from the retail sector. The Accounting Review, 82(1), 265-293. 10.2308/accr.2007.82.1.265

Sá, M.G.C. (2017). O capital de risco aplicado em startups no Brasil: Uma reflexão sobre o ecosistema dos empreendimentos inovadores a partir da visão do investidor. Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade, 7(1), 97-120. http://dx.doi.org/10.18028/rgfc.v7i1.3073

Simons, R. (1995a). Control in an age of empowerment. Harvard Business Review, 73(2), 8-88. 10.1016/0024-6301(95)91624-5

Simons, R. (1995b). Levers of control. Boston: Harvard Business School Publishing.

Widener, S.K. (2007). An empirical analysis of the levers of control framework. Accounting, Organizations and Society, 32(7-8), 757-788. https://doi.org/10.1016/j.aos.2007.01.001

Publicado

2020-07-15

Como Citar

Theiss, V., & Beuren, I. M. (2020). Reflexos da Aplicação de Funding no Desenho e Uso do Sistema de Controle Gerencial. Contabilidade Gestão E Governança, 23(2), 218–234. https://doi.org/10.51341/1984-3925_2020v23n2a5

Edição

Seção

Artigo científico (Seção de Gestão e Contabilidade de Empresas Privadas & do Terceiro Setor)