TY - JOUR AU - Gonçalves, Rodrigo de Souza AU - Gonçalves, Andrea de Oliveira PY - 2022/04/29 Y2 - 2024/03/28 TI - Editorial Fascículo - Janeiro/Abril 2022 JF - Contabilidade Gestão e Governança JA - CGG VL - 25 IS - 1 SE - Editorial DO - UR - https://revistacgg.org/index.php/contabil/article/view/2882 SP - AB - <p>Iniciamos 2022 do jeito que gostamos: produzindo conhecimento e compartilhando com a comunidade acadêmica novos<em> insights</em> para fazer melhor e aprimorar as pesquisas em andamento.</p><p>Seguimos assim, buscando a excelência e o aprofundamento do conhecimento nas 365 chances de fazer melhor o nosso trabalho enquanto colaboradores do campo da contabilidade, gestão e governança.</p><p>Neste ano, queremos apresentar aos nossos pesquisadores menos experientes o que acontece a partir do momento que o artigo foi submetido em nosso periódico.</p><p>Temos aqui a etapa de avaliação preliminar, que chamamos de “<em>desk review”</em> e trata de um momento crucial para o processo de avaliação. É neste momento de avaliação preliminar que identificamos se o artigo está adequado à linha editorial, ao escopo da Revista e à Seção indicada. Buscamos observar se o manuscrito contém elementos essenciais como título, resumo, palavras-chave e formatação de acordo com normas. Um ponto essencial é o rigor adotado na escrita por meio de correção sintática, gramatical e ortográfica.</p><p>A partir desta avaliação preliminar, os editores tomam a decisão pela aprovação para avaliação dos pares ou também pela recusa do artigo sem enviá-lo para avaliação dos pares. Os editores emitem um parecer que aponta as principais falhas e encoraja os pesquisadores a melhorar e ou adequar o manuscrito.</p><p>Vencida a etapa “<em>desk review”</em>, os autores são comunicados que o artigo foi aceito para avaliação e, portanto, é distribuído para os editores associados, encarregados para analisar de forma mais aprofundada se o artigo está dentro da proposta da seção indicada. Ali mesmo os editores associados encarregam-se de consultar a base de dados de avaliadores. Neste momento acontece o processo chamado “<em>double blind revie</em>w”.</p><p>O processo “<em>double blind review</em>” – avaliação duplo cega -&nbsp; é o encaminhamento do artigo para especialistas na área do artigo para a apreciação e avaliação. Os especialistas podem ser professores e pesquisadores associados a programas de pós-graduação&nbsp;<em>stricto sensu</em>&nbsp;de instituições de ensino nacionais ou estrangeiras. Este tipo de avaliação duplo-cego é a forma mais eficaz de se avaliar trabalhos científicos, uma vez que tanto os autores como os avaliadores têm a identidade omitida.</p><p>O processo <em>double blind review</em> é uma estratégia confiável e de integridade, pois garante a qualidade e consistência ao processo e o reconhecimento dos indexadores internacionais.</p><p>Dito isto, nesta etapa os artigos são avaliados considerando-se a relevância do tema estudado, a redação, o encadeamento lógico da revisão teórica com a utilização de referências apropriadas, a adequabilidade e o rigor dos procedimentos metodológicos, a profundidade e a consistência das análises, o delineamento das conclusões e a relevância das contribuições do trabalho para o campo da contabilidade, gestão e governança.</p><p>E dentro do fluxo editorial, selecionamos para este fascículo, 06 artigos originais e uma análise bibliométrica que apresentam uma contribuição peculiar, distribuídos nas 2 seções deste periódico.</p><p>O primeiro artigo da seção - Gestão e Contabilidade de Empresas Privadas &amp; do Terceiro Setor – “<strong>O Efeito Moderador da Internacionalização na Relação entre Governança Corporativa e Republicação das Demonstrações Financeiras</strong>” analisa no âmbito das maiores companhias abertas brasileiras, o efeito moderador da internacionalização na relação entre a governança corporativa e a republicação das demonstrações financeiras. Os resultados evidenciam que empresas com maiores níveis de governança, em especial aquelas com atuação em mercados estrangeiros tendem a possuir menor quantidade de republicação de suas demonstrações contábeis. Tais evidências são relevantes para apontar que empresas com essas características passam a ter menor risco e maior transparência das informações.</p><p>O artigo <strong>“A Capacidade Geradora de Valor da Controladoria” </strong>avança na discussão acerca da contribuição da controladoria às empresas.&nbsp; Nele foi realizada o desenvolvimento de uma escala de mensuração de desempenho sob a ótica de três capacidades: “analítica, planejamento e controle”. A partir de uma amostra realizada com <em>controllers </em>de 120 empresas, os resultados apontam para uma relação positiva entre as capacidades analítica, de planejamento e de controle das controladorias participantes do estudo em relação ao desempenho das empresas. Os resultados evidenciaram o potencial que esse órgão de apoio traz para a gestão na perspectiva da busca pelo alcance de melhores desempenhos organizacionais.</p><p>&nbsp;</p><p>O artigo <strong>“Quadro Social e Ciclo de Vida de Cooperativas: Evidências em Cooperativas de Crédito Brasileiras”</strong> compreende como “o crescimento do quadro social das cooperativas de crédito brasileiras se associa ao risco de encerramento”, ampliando, portanto, a lente acerca desse importante segmento no Brasil com foco na compreensão de fatores que levam ao seu encerramento. A partir da análise empírica, o estudo, que utiliza como base a teoria do ciclo de vida, apresenta evidências de que “cooperativas de menor crescimento do quadro social foram encerradas, em sua maioria, até o quinto semestre”, demonstrando a necessidade de que tais instituições busquem compreender os interesses de cada cooperado e com isso buscar maior alinhamento entre cooperativa e cooperados.</p><p>O primeiro artigo da seção - Gestão e Contabilidade Pública<strong> – </strong>“<strong>Adoção do Kanban na Gestão de Riscos do Processo de Compras em uma Instituição Pública”</strong> apresenta, por meio de um estudo de caso, os resultados do uso da Técnica Kanban “em apoio à gestão de riscos nos processos da administração pública”. Dentre os resultados alcançados destacam-se o fato de que por meio dessa técnica foi possível identificar maior eficiência na mitigação dos riscos relacionados à uma área extremamente sensível no setor público que é o processo de pregão. Os resultados são relevantes em virtude de que há evidência de melhorias em diversos aspectos, a exemplo de maior engajamento e desempenho da equipe e facilitação no compartilhamento das informações e comunicação, aspectos essenciais quando se trata da busca de maior controle e mitigação de riscos.</p><p>O artigo <strong>“Capacidade Estatal: Bibliometria das Publicações entre 2009-2019”</strong> resultado de uma análise bibliométrica, compreende a evolução da temática – Capacidade Estatal. A análise de 74 artigos publicados em diversas regiões do mundo (Estados Unidos, Reino Unido, Brasil, Coréia, Chile, Grécia, entre outros) foram categorizadas em: Coercitiva; Burocrática/Administrativa; Extrativa/ Fiscal; Funções do Estado; Regime Político; Construção da Capacidade do Estado; Teórica/Conceitual, demonstrando uma diversidade de abordagens e objetos de análise acerca do tema. Ainda evidencia que os estudos apontam para “um direcionamento da capacidade estatal composta por várias dimensões, tais como, coercitiva/militar, fiscal, administrativa/ burocrática, transformativa, territorial, legal, política, institucional/relacional e técnica”. Isso revela que a “temática está em desenvolvimento, havendo multiplicidade de conceitos e abordagens, assim como surgimento de novas áreas como foco das pesquisas”.</p><p>O artigo <strong>“Fatores Condicionantes da Adoção dos Padrões Internacionais de Contabilidade do Setor Público – IPSAS” </strong>analisa fatores institucionais, políticos e culturais que se relacionam com a propensão dos países em adotar as IPSAS”. A partir da análise de 73 países com o auxílio da regressão logística multinomial, os resultados revelam que o referido normativo tem sido adotado de forma mais preponderante em países desenvolvidos, bem como aqueles com menores indicadores de liberdade econômica em busca de reduzir as assimetrias informacionais “e redução dos aspectos de desconfiança e processos ilícitos”.</p><p>Por fim, o artigo <strong>“Gestão na Marinha do Brasil: Um Estudo da Governança na Força Naval”</strong> analisa e descreve “os fatores de alavancagem e restritivos da Governança na Marinha do Brasil [MB], à luz dos princípios e orientações emanados das boas práticas de Governança Corporativa”. Por meio de um estudo de caso e uso da técnica de análise documental e entrevistas semiestruturadas, os resultados evidenciam que as ações de Governança na MB estão alinhadas aos princípios do TCU, muito embora a assessoria especializada nessa temática e seus mecanismos encontrem-se fragmentados, trazendo desafios no que tange aos aspectos avaliados quanto a liderança, estratégia e controle.</p><p>Este é portanto, o mais recente fascículo que apresentamos à comunidade científica. Mais uma vez, o fascículo é resultado do esforço e compromisso coletivo de pesquisadores e professores que confiaram o resultado do árduo trabalho desenvolvido ao longo de meses nas mãos de nossos editores e avaliadores. O fascículo do periódico, portanto, revela-se a partir de sua publicação uma fonte de discussão em ambientes acadêmicos e importante meio para reflexão para aprimoramento do campo em si.</p><p>E isso só foi possível a partir das incontáveis críticas dos avaliadores, novas versões dos textos preparados pelos autores e a contribuição dos colaboradores diretos e indiretos que fazem a pesquisa e comunicação científica em contabilidade, gestão e governança acontecer. Sem cada um deles, a leitura dos textos aqui não seria possível. Nosso muito obrigado!</p><p>De nossa parte, como editores, desejamos que os textos sejam inspiradores e que provoquem boas reflexões acadêmicas.</p><p>Boa leitura,</p><p>&nbsp;</p><p>Os editores.</p><p>Rodrigo de Souza Gonçalves</p><p>Andrea de Oliveira Gonçalves</p> ER -